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quinta-feira, 5 de julho de 2012

Bom dia, Nova Ordem Mundial


"Do tribalismo à Grande Sociedade Aberta, a cooperação revelou-se atributo fundamental da espécie humana. Tiveram seu tempo histórico religiões e ideologias. O caminho agora está no aperfeiçoamento de nossas instituições." Paulo Guedes, em Santos e pecadores O Globo, segunda-feira, 2 de julho de 2012

Nesta semana, dois artigos foram publicados dentro do tema Sociedade Aberta, eufemismo para a Nova Ordem Mundial. Tal tema ainda não havia sido abordado tão abertamente, embora esteja por aí, em todas as esquinas da internet. 

Não foi esta a primeira vez em o economista Paulo Guedes, liberal,  realçou a Sociedade Aberta, eufemismo para a Nova Ordem Mundial; na mesma semana, Merval Pereira, em sua coluna, sob o título  “O mundo futuro “ decidiu-se, coincidentemente,  por também abordar o assunto.

Num enxuto rol de princípios que justificariam a Nova Ordem, “um mundo cada vez mais intercontectado, com vários centros de decisões”, Merval Pereira vai explicando porque o mundo precisa se juntar para a Grande Nova Ordem Mundial:

“O mundo policêntrico será caracterizado pela mudança de poder dos Estados e por crescentes deficiências dos governos, sem responder de maneira adequada às demandas públicas globais.
A convergência de preocupações e a crescente vocalização de demandas serão enorme fator de contrastes com a capacidade dos governos de atender a elas, particularmente aquelas referentes à melhoria da qualidade da vida." 

Ao contrário do que se propala, o projeto de uma nova ordem mundial não surgiu após a 2ª GG e sim, muito antes da 1ª GG.  Apenas, ela saiu da forma teórica após a  2ª GG e até chegar a organização estrutural como vemos hoje, muitas foram as tratativas,  acordos e tratados inúmeros e complexos, assinados entre os países desenvolvidos, o que chamamos de primeiro mundo. 

Há na internet mesmo, uma profusão de informações sobre a Nova Ordem Mundial e seus eufemismos, Sociedade Aberta ou Conspiração Aberta. As cunhagens vieram por caminhos diferentes, contudo, elas convergiram a partir da obra A Sociedade Aberta — resenhada por outro liberal  —, revigorada pelo pensamento de Karl Popper, por dentro da Filosofia das Ciências, enquanto que a Nova Ordem Mundial, sem rodeios,  é um projeto de mundo unido em estado único,  nascido dos fabianos.

A Fabian Society foi fundada em 04 de janeiro de 1884 em Londres, como um desdobramento de uma sociedade fundada em 1883 chamada A Sociedade do Nova Vida. Com a reestruturação e alteração do nome, mais organizada passa a ser, primordialmente, um think tank Mais adiante, após a 2ª GG a Fabian Society cria um braço político e reforça seus fundamentos, aperfeiçoados com a experiência advinda do Partido dos Trabalhadores da Inglaterra.



Sociedade Fabiana mundo afora

Sociedade Fabiana começou a atrair muitas proeminentes figuras  para a causa socialista, incluindo George Bernard Shaw , HG Wells , Sidney WebbAnnie Besant , Wallas Graham , Hubert Bland , Edith Nesbit , Olivier Sydney , Oliver Lodge , Leonard Woolf e Virginia Woolf , Ramsay MacDonald e Emmeline Pankhurst e outros. Mais tarde, a segunda geração de membros incluía Obafemi Awolowo, um dos fundadores da Nigéria, e  Muhammad Ali Jinnah, da mesma forma reconhecido como sendo o mais importante membro fundador do Paquistão.


No século passado, a Fabian Society contava com a terceira geração de membros influentes no mundo: Ramsay MacDonald, Clement Attlee, Anthony Crosland, Richard Crossman, Tony Benn, Harold Wilson e, dos mais recentes, Tony Blair e Gordon Brown. No ano de 2009, já contava com mais de 6,286 membros de alto nível mundial. Com o envelhecimento dos membros, foi então criada a Young Fabian Society para membros de 31 anos de idade, ou mais jovem. porém, essa revitalização não acompanhou a projeção de seus membros existentes.

A partir da militância fabiana jovem apareceu a expressão "Students as citizens". Enquanto leitor, todos reconhecerão isto. No Brasil, o ressalto maior para a ala jovem se deu dentro dos partidos políticos e dentro de uma ramificação maçônica, com os  De Molays.

Os temas defendidos pelos fabianos são os mais terríveis e que só recentemente aporta no Brasil para conhecimento geral, sem que a maioria das pessoas saibam a origem. Dois temas que já foram adotados em alguns países e que são defendidos fervorosamente pelos fabianos: "o ideal de uma sociedade cientificamente planejada e apoiada na eugenia por meio de esterilização". No Brasil nos chegou eugenia através do aborto, mas pelo passo chegaremos lá. A Sociedade Aberta, para nós brasileiros,  só está no início e assim mesmo,  vestida com seu disfarce oficial.

Aliás, um didático artigo do Olavo de Carvalho, "A mão direita da esquerda", sobre a NOM,  foi republicado aqui mesmo em nosso Blog e, seria interessante que fosse lido, antes de seguir adiante.


As regras básicas da Nova Ordem Mundial


1) Os homens são mais propensos ao mal do que ao bem.
2) Pregar liberalismo
3) Usar ideias de liberdade para provocar guerras.
4) Todo e qualquer meio necessário deve ser usado.( os fins justificam os meios. Maquiavel)
5) Acreditar que seus direitos se encontram em vigor ( cidadania, liberdade ).
6) O poder de seus recursos deve permanecer invisível até o exato momento que eles tiverem ganhado a força pela qual nenhum grupo possa acentuá-los.
7) Defender uma psicologia do povo para obeter o controle das massas. (assistência psicológica gratuita)
8) Promover o uso de álcool, drogas, corrupção moral, e toas as formas de vício para sistematicamente corromper a juventude da nação.
9) Apoderar-se das propriedades privadas dos cidadãos por todos os meios necessários.
10) O uso de slogans, tais como equidade, liberdade, solidariedade são usados pelas massas como armas de guerra.
11) Guerras devem ser direcionadas para que as nações em ambos os lados sejam colocadas em dívidas e conferências de paz são projetadas de modo que nenhum combatente retenha os direitos do território. ( dissolução )
12) Membros devem usar suas riquezas para terem candidatos em cargos públicos que seriam obedientes as suas ordens, e seriam usados sempre nos bastidores para dominar os interesses do mundo.
13) Controlar a imprensa e, consequentemente, as informações que o público receber.
14) Agentes e provocadores avançarão depois de criar situações traumáticas, e irão aparecer como salvadores das massas, quando na verdade eles estão interessados no oposto: a redução da população. ( abortos, eugenia, eutanásia, suicídio assistido )
15) Criar depressão industrial e pânico financeiro, desemprego, fome e escassez de alimentos; usar esses eventos para controlar as massas, e usá-los para apagar aqueles que se lhes impedirem o caminho.
16) Infiltrar a Maçonaria, a qual deve ser usada para ocultar e favorecer objetivos.
17) Expor o valor da fraude sistemática, usar grandes slogans e dar generosas promessas às massas, mesmo que elas não possam ser mantidas.
18) A arte da luta de rua é necessária para trazer a população em sujeição.
19) Usar agentes como provocadores e conselheiros por trás das cenas, e depois de guerras usar falas diplomáticas secretas para ganhar controle.
20) Estabelecer grandes monopólios que se inclinam para o controle do governo mundial.
21) Usar altas taxas e competições desajustadas para trazer ruína econômica pelo controle de matérias-primas. Organizar agitação entre os trabalhadores e subsidiar os seus concorrentes.
22) Acumular armamentos, com forças policiais e soldados suficientes para proteger as necessidades.
23) Membros e líderes do governo único mundial seriam nomeados pelos diretores [dos illuminati]
24) Infiltração em todas as classes e níveis das sociedades e dos governos com o propósito de enganar, assombrar e corromper os jovens membros da sociedade.
25) Criar e usar leis nacionais e internacionais para destruir a civilização.

OBS.: As regras acima foram transcritas pelo DominioFeminino de um vídeo no YouTube.




quarta-feira, 4 de julho de 2012

O lobo e o martelo





A mão direita da esquerda
Olavo de Carvalho


Desde o fim da URSS, a esquerda nacional tem-se empenhado dia e noite em advertir os nossos nacionalistas — especialmente os das Forças Armadas — contra o perigo do mundo unipolar e em persuadi-los a tornar-se esquerdistas por patriotismo. Há pessoas que vivem disso, e há pessoas — até nas Forças Armadas — que acreditam nelas. Mas só um perfeito idiota não percebe que a potência dominante que nos impõe as políticas econômicas contra as quais a esquerda se bate é a mesma que nos impõe o politicamente correto, o abortismo, o feminismo, o ecologismo e, enfim, todos os modelos culturais que constituem o restante do programa da própria esquerda.

Muito menos é possível a um cérebro medianamente são deixar de notar que as fundações e empresas multimilionárias que subsidiam a difusão desses novos modelos de conduta são as mesmas que, por outro lado, sustentam a implantação da Nova Ordem Mundial e das tais políticas econômicas que os apóstolos desses modelos alardeiam execrar.

E quem quer que perceba essas duas coisas não tem como evitar a conclusão de que o mundo unipolar é ainda mais unipolar do que os porta-vozes da esquerda desejariam dar a entender. Tão unipolar, que dele provêm não somente as propostas que a esquerda odeia, mas também as que ela ama e personifica. E dele, igualmente, vem o dinheiro para subsidiar a implantação de uma coisa e da outra.

A esquerda, em suma, utiliza-se de um vocabulário estereotipado da época da bipolaridade para iludir os nacionalistas, desorientá-los e subjugá-los à estratégia mundialista, atraindo seus ataques numa direção falsa para que não atinem com a verdadeira. O componente essencial desse vocabulário é a velha identificação do “norte-americano” com o “liberal-capitalista”, da qual decorre, automaticamente, a confusão do nacionalismo com o estatismo, o Estado previdenciário e, “last not least”, o socialismo.

É com a finalidade de legitimar esse brutal engano que o discurso corrente dos homens de esquerda contra o FMI e a Nova Ordem Mundial apresenta estes dois fenômenos como se fossem a quintessência do liberal-capitalismo e não, precisamente ao contrário — como o demonstra a história — invenções puramente socialistas destinadas a estrangular, junto com a liberdade econômica, a liberdade política no mundo. FMI e Nova Ordem Mundial são capítulos da história do centralismo avassalador que tudo sacrifica no altar do controle burocrático e da economia planificada, os ídolos já mil vezes desmascarados, de cujos poderes místicos a propaganda socialista promete, no entanto, obter a cura de todos os males. Do primeiro, disse seu próprio inventor, Lord Keynes, que era “essencialmente uma concepção socialista”. Quanto à segunda, foi de ponta a ponta uma criação do famoso “think tank” londrino do socialismo gradualista que, após passar por várias denominações, acabou se notabilizando como Fabian Society. Foi um de seus membros mais ilustres o escritor H. G. Wells, que delineou já em 1928 o programa inteiro da Nova Ordem Mundial e o publicou no seu livro “Conspiração Aberta”.

“Aberta” é força de expressão. “Conspiração” também. O socialismo fabiano jamais se envolveu em atentados, comícios, passeatas, muito menos em conspirações de porão. Tudo o que ele faz é preparar intelectuais para colocá-los em altos postos de assessoria desde os quais possam, discretamente, mas sem nenhum segredo, incutir idéias socialistas nas cabeças dos governantes. O esquema foi inventado pelo teórico Graham Wallas, que com cinco décadas de antecedência formulou a estratégia gramsciana da “ocupação de espaços” e da “revolução passiva” (e dizer que Gramsci ainda passa por gênio!). A magnitude dos efeitos da coisa contrasta singularmente com a circunspecção dos meios. Praticamente todos os grandes giros da economia moderna no sentido centralizador e socializante do Estado previdenciário foram planejados por socialistas fabianos. Só para dar uma idéia do alcance da sua influência, os planos de governo de três dos mais poderosos — e dos mais estatizantes — dentre os presidentes dos EUA, Roosevelt, Kennedy e Johnson, foram diretamente copiados de obras de autores fabianos e adotaram até seus títulos: o “New Deal” de Roosevelt é um livro de Stuart Chase, a “New Frontier” de Kennedy um livro de Henry Wallace, e a “Great Society” de Johnson um livro do próprio Graham Wallas.

Malgrado seu estilo soft, antes social-democrático que comunista, os fabianos sempre consideraram a URSS uma valiosa aliada na sua luta contra o liberal-capitalismo. No fundo, ela foi bem mais que isso: desertores da KGB informaram que pelo menos um dos livros de Sidney Webb, o mais célebre presidente da Fabian Society, não foi escrito por ele, mas veio pronto do Ministério das Relações Exteriores soviético. É compreensível. Muito antes de Gramsci, a URSS também já havia descoberto as virtudes do gradualismo reformista que, pelo alto e no macio, socializa o mundo mais depressa do que poderiam fazê-lo alguns milhares de Ches Guevaras — os autênticos bois de piranha do único socialismo que sai sempre vencedor.

A suprema vantagem do método discreto é que, quando os engenhosos planos estatizantes de intelectuais socialistas desconhecidos do povão fazem por fim pesar sobre o bolso das massas o custo imensurável da sua tolice, nunca faltam na praça intelectuais de esquerda radical, que, ignorando ou fingindo ignorar tudo do trabalho de seus parceiros fabianos, lançam a culpa do desastre... no capitalismo liberal!

Não veja a tua mão esquerda o que faz a tua direita, ensina a Bíblia. O socialismo tem a sua própria versão demoníaca desse ensinamento: não vejam as tuas massas barulhentas o que fazem os teus aliados silenciosos — e assim, não sabendo quem as oprime, elas descarregarão sua fúria no bode expiatório que melhor convenha à tua estratégia.

Resta saber apenas se os nossos nacionalistas — sobretudo os das Forças Armadas — consentirão em reduzir-se ao papel de massas manipuladas.

O Globo, 9 de junho de 2001