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domingo, 8 de julho de 2012

Fervorosamente, martelai com vigor



O passado é a chave para o presente, e nunca podemos compreender plenamente onde estamoshoje a não ser que saibamos que caminho foi percorrido para chegar aqui. Foi Will Durant quem disse: "Aqueles que não sabem nada da história estão condenados para sempre a repeti-la."G. Edward Griffin (*)

Le Portrait


"Havia acabado de levantar-se da mesa e o marido já se fora, despedindo-se nem um beijo querida, vida à fora, trabalho à dentro. Um beijo amor, ficou perdido escarpas à baixo.

Do alto da janela, no segundo andar da casa erguida sobre os rochedos, a mulher deixou escorrer a vista até as bases analisando o alinhamento irregular daquelas formações, cinzentas, malhadas pelo negrume do limo ressequido, aqui, ali, quase sempre, aderido à superfície porosa.

Ao refluir do olhar, procedia uma varredura pelo espaço à sua frente aprofundando até a bruma, atravessando os limites, rompendo a linha do horizonte para o infinito. Recolhe o olhar ao mesmo nível do horizonte, renovando a ausculta até o infinito monótono. Encurta um pouco mais o olhar, uma lente focalizada num plano fechado, aportando numa ilha minúscula, de vegetação rala e sem atrativo, exceto por ser um acidente, uma ilha; vagarosamente ia palmilhando o mar, passando pelas ondas que vinham de longe, escumando nos arrecifes."

A natureza das coisas, da política, das pessoas e do Universo não eram satisfatórias. Remodelar o mundo era urgente. Este conto antigo publicado no Portal do @DomínioFeminino nos serviu sob medida. Para ler o conto na íntegra, veja aqui.

As regras básicas da Nova Ordem Mundial


1) Os homens são mais propensos ao mal do que ao bem.
2) Pregar liberalismo
3) Usar ideias de liberdade para provocar guerras.
4) Todo e qualquer meio necessário deve ser usado.( os fins justificam os meios. Maquiavel)
5) Acreditar que seus direitos se encontram em vigor ( cidadania, liberdade ).
6) O poder de seus recursos deve permanecer invisível até o exato momento que eles tiverem ganhado a força pela qual nenhum grupo possa acentuá-los.
7) Defender uma psicologia do povo para obeter o controle das massas. (assistência psicológica gratuita)
8) Promover o uso de álcool, drogas, corrupção moral, e toas as formas de vício para sistematicamente corromper a juventude da nação.
9) Apoderar-se das propriedades privadas dos cidadãos por todos os meios necessários.
10) O uso de slogans, tais como equidade, liberdade, solidariedade são usados pelas massas como armas de guerra.
11) Guerras devem ser direcionadas para que as nações em ambos os lados sejam colocadas em dívidas e conferências de paz são projetadas de modo que nenhum combatente retenha os direitos do território. ( dissolução )
12) Membros devem usar suas riquezas para terem candidatos em cargos públicos que seriam obedientes as suas ordens, e seriam usados sempre nos bastidores para dominar os interesses do mundo.
13) Controlar a imprensa e, consequentemente, as informações que o público receber.
14) Agentes e provocadores avançarão depois de criar situações traumáticas, e irão aparecer como salvadores das massas, quando na verdade eles estão interessados no oposto: a redução da população. ( abortos, eugenia, eutanásia, suicídio assistido )
15) Criar depressão industrial e pânico financeiro, desemprego, fome e escassez de alimentos; usar esses eventos para controlar as massas, e usá-los para apagar aqueles que se lhes impedirem o caminho.
16) Infiltrar a Maçonaria, a qual deve ser usada para ocultar e favorecer objetivos.
17) Expor o valor da fraude sistemática, usar grandes slogans e dar generosas promessas às massas, mesmo que elas não possam ser mantidas.
18) A arte da luta de rua é necessária para trazer a população em sujeição.
19) Usar agentes como provocadores e conselheiros por trás das cenas, e depois de guerras usar falas diplomáticas secretas para ganhar controle.
20) Estabelecer grandes monopólios que se inclinam para o controle do governo mundial.
21) Usar altas taxas e competições desajustadas para trazer ruína econômica pelo controle de matérias-primas. Organizar agitação entre os trabalhadores e subsidiar os seus concorrentes.
22) Acumular armamentos, com forças policiais e soldados suficientes para proteger as necessidades.
23) Membros e líderes do governo único mundial seriam nomeados pelos diretores [dos illuminati]
24) Infiltração em todas as classes e níveis das sociedades e dos governos com o propósito de enganar, assombrar e corromper os jovens membros da sociedade.
25) Criar e usar leis nacionais e internacionais para destruir a civilização.
OBS.: As regras acima foram transcritas pelo DominioFeminino de um vídeo no YouTube.



Matérias relativas: 


(*O link para a citação acima, nos foi enviado por @Filonescio #trilha





quarta-feira, 4 de julho de 2012

O lobo e o martelo





A mão direita da esquerda
Olavo de Carvalho


Desde o fim da URSS, a esquerda nacional tem-se empenhado dia e noite em advertir os nossos nacionalistas — especialmente os das Forças Armadas — contra o perigo do mundo unipolar e em persuadi-los a tornar-se esquerdistas por patriotismo. Há pessoas que vivem disso, e há pessoas — até nas Forças Armadas — que acreditam nelas. Mas só um perfeito idiota não percebe que a potência dominante que nos impõe as políticas econômicas contra as quais a esquerda se bate é a mesma que nos impõe o politicamente correto, o abortismo, o feminismo, o ecologismo e, enfim, todos os modelos culturais que constituem o restante do programa da própria esquerda.

Muito menos é possível a um cérebro medianamente são deixar de notar que as fundações e empresas multimilionárias que subsidiam a difusão desses novos modelos de conduta são as mesmas que, por outro lado, sustentam a implantação da Nova Ordem Mundial e das tais políticas econômicas que os apóstolos desses modelos alardeiam execrar.

E quem quer que perceba essas duas coisas não tem como evitar a conclusão de que o mundo unipolar é ainda mais unipolar do que os porta-vozes da esquerda desejariam dar a entender. Tão unipolar, que dele provêm não somente as propostas que a esquerda odeia, mas também as que ela ama e personifica. E dele, igualmente, vem o dinheiro para subsidiar a implantação de uma coisa e da outra.

A esquerda, em suma, utiliza-se de um vocabulário estereotipado da época da bipolaridade para iludir os nacionalistas, desorientá-los e subjugá-los à estratégia mundialista, atraindo seus ataques numa direção falsa para que não atinem com a verdadeira. O componente essencial desse vocabulário é a velha identificação do “norte-americano” com o “liberal-capitalista”, da qual decorre, automaticamente, a confusão do nacionalismo com o estatismo, o Estado previdenciário e, “last not least”, o socialismo.

É com a finalidade de legitimar esse brutal engano que o discurso corrente dos homens de esquerda contra o FMI e a Nova Ordem Mundial apresenta estes dois fenômenos como se fossem a quintessência do liberal-capitalismo e não, precisamente ao contrário — como o demonstra a história — invenções puramente socialistas destinadas a estrangular, junto com a liberdade econômica, a liberdade política no mundo. FMI e Nova Ordem Mundial são capítulos da história do centralismo avassalador que tudo sacrifica no altar do controle burocrático e da economia planificada, os ídolos já mil vezes desmascarados, de cujos poderes místicos a propaganda socialista promete, no entanto, obter a cura de todos os males. Do primeiro, disse seu próprio inventor, Lord Keynes, que era “essencialmente uma concepção socialista”. Quanto à segunda, foi de ponta a ponta uma criação do famoso “think tank” londrino do socialismo gradualista que, após passar por várias denominações, acabou se notabilizando como Fabian Society. Foi um de seus membros mais ilustres o escritor H. G. Wells, que delineou já em 1928 o programa inteiro da Nova Ordem Mundial e o publicou no seu livro “Conspiração Aberta”.

“Aberta” é força de expressão. “Conspiração” também. O socialismo fabiano jamais se envolveu em atentados, comícios, passeatas, muito menos em conspirações de porão. Tudo o que ele faz é preparar intelectuais para colocá-los em altos postos de assessoria desde os quais possam, discretamente, mas sem nenhum segredo, incutir idéias socialistas nas cabeças dos governantes. O esquema foi inventado pelo teórico Graham Wallas, que com cinco décadas de antecedência formulou a estratégia gramsciana da “ocupação de espaços” e da “revolução passiva” (e dizer que Gramsci ainda passa por gênio!). A magnitude dos efeitos da coisa contrasta singularmente com a circunspecção dos meios. Praticamente todos os grandes giros da economia moderna no sentido centralizador e socializante do Estado previdenciário foram planejados por socialistas fabianos. Só para dar uma idéia do alcance da sua influência, os planos de governo de três dos mais poderosos — e dos mais estatizantes — dentre os presidentes dos EUA, Roosevelt, Kennedy e Johnson, foram diretamente copiados de obras de autores fabianos e adotaram até seus títulos: o “New Deal” de Roosevelt é um livro de Stuart Chase, a “New Frontier” de Kennedy um livro de Henry Wallace, e a “Great Society” de Johnson um livro do próprio Graham Wallas.

Malgrado seu estilo soft, antes social-democrático que comunista, os fabianos sempre consideraram a URSS uma valiosa aliada na sua luta contra o liberal-capitalismo. No fundo, ela foi bem mais que isso: desertores da KGB informaram que pelo menos um dos livros de Sidney Webb, o mais célebre presidente da Fabian Society, não foi escrito por ele, mas veio pronto do Ministério das Relações Exteriores soviético. É compreensível. Muito antes de Gramsci, a URSS também já havia descoberto as virtudes do gradualismo reformista que, pelo alto e no macio, socializa o mundo mais depressa do que poderiam fazê-lo alguns milhares de Ches Guevaras — os autênticos bois de piranha do único socialismo que sai sempre vencedor.

A suprema vantagem do método discreto é que, quando os engenhosos planos estatizantes de intelectuais socialistas desconhecidos do povão fazem por fim pesar sobre o bolso das massas o custo imensurável da sua tolice, nunca faltam na praça intelectuais de esquerda radical, que, ignorando ou fingindo ignorar tudo do trabalho de seus parceiros fabianos, lançam a culpa do desastre... no capitalismo liberal!

Não veja a tua mão esquerda o que faz a tua direita, ensina a Bíblia. O socialismo tem a sua própria versão demoníaca desse ensinamento: não vejam as tuas massas barulhentas o que fazem os teus aliados silenciosos — e assim, não sabendo quem as oprime, elas descarregarão sua fúria no bode expiatório que melhor convenha à tua estratégia.

Resta saber apenas se os nossos nacionalistas — sobretudo os das Forças Armadas — consentirão em reduzir-se ao papel de massas manipuladas.

O Globo, 9 de junho de 2001