domingo, 1 de julho de 2012

Primeiro uma Constituição inteligível e depois a Escola




A Nova Yorque de 1840 exibida no filme Gangues de Nova Yorque, se você assistiu, notou alguma semelhança ou toda semelhança com o Brasil atual ? Percebeu que cada quarteirão daquela Nova Yorque era comandada por um bandido, dono do pedaço é o Brasil que temos hoje, em 2012, tanto nas ruas quando nos Poderes que formam o Estado, todos fatiados ?

Um flanelinha em cada esquina, um grupo de moradores de rua e de menores dominam cada quarteirão das grandes cidades. Grupos com especialidades. Recebem até encomendas antecipadas. Não é de hoje. Há algumas décadas que se podia encomendar um fax computadorizado, uma máquina de escrever, um aparelho de som, rodas de magnsésio, qualquer coisa. Com o passar dos anos e as cumplicidades políticas, o requinte foi crescendo.

Novas tecnologias, novas técnicas de bandidagem, novas modalidades e novas especificidades por conta da grande demanda estimulada e louvada pelos socialistas, sejam os antigos comunistas sejam os novos, os neos. Criativos bordeis abençoados pelos governos neo-comunistas. Tanto faz dar na cabeça como na cabeça dar e assim as gangues brasileiras vão em frente, multiplicando-se como ratos em esgotos ultrapassando as cercas das ruas, dos bairros, municipios, estados, alongando as fronteiras além mares.

Como vemos na máquina Estatal, tudo acontece como acontece na sua esquina, na sua rua, etc. Tudo tem dono no pedaço. Na verdade, nossos dedos, mãos, todos os nossos membros e vísceras estão a serviço dos donos do Estado, do tal, conhecido pelo apelido de Poder Público, cada dia menos público e maisi privado e dominado por um único dos Poderes que é o Poder Executivo, onde quem manda é o presidente-rei e seu partido.

E os intelectuais do Brasil que nunca são estudiosos, não aceitam ser apenas pundits insistem que primeiro o povo tem que ter educação para depois, só depois, *criar mentalidade* .
Aurélio para o verbete mentalidade: O conjunto dos hábitos intelectuais e psíquicos de um indivíduo, ou de um grupo; estado mental ou psicológico.
Deitam falação sobre Educação quando precisaria, fundamentalmente, do Ensino. Deixemos para lá a diferença dos conceitos e definições. Fato é que para tudo e por tudo qualquer um fala sobre como os políticos não têm ética ( Ética ) quando na verdade se quer dizer que o sujeito não é honesto, quando se quer dizer que o sujeito é um ladrão. E assim, o mantra de educar o povo é repetido à exaustão.

Nova Yorque de 1840 é o Brasil de hoje quando a corrupção avariava as colônias que hoje compõem os Estados Unidos, por todos os cômodos da estrutura da sociedade e, foi neste clima que os primeiros americanos graves e maduros tomaram para si a missão de mudar tudo. E o que fizeram seguindo ao final do esgotamento de idéias,  pensamentos, discussões e negociações ? Eles escreveram o caminho primeiro. Desenharam o alicerce, a Constituição deles. Foi a constituição que serviu para unir e organizar a estrutura da Nação.

Somente após a Constituição veio a mudança de mentalidade, e não foi uma edificação feita em duas nem em três décadas. Com a Constituição veio a noção de direitos porque o povo sabia que havia assinado um Contrato com a União dos Estados (colônias). Para cobrar os direitos era preciso ler a constituição e entendê-la. Aprender a ler, estudar, compreender as bases e os conceitos que regem cada artigo e que por sua vez começava a reger a vida do povo. Escolas eram necessárias e vieram lentamente como lentamente veio a mudança de mentalidade a partir do conhecimento de que o povo tinha sobre seus direitos.

Ou seja, primeiro um povo e uma Nação precisam de um Contrato Social feito entre as partes. Definir regras, as leis, as obrigações e os direitos -  retirar o indivíduo da vida tribal da força bruta. Somente estimulados por uma Constituição é que um povo deseja ler sobre o que lhe cabe como dever o e o que lhe é devido por direito. Depois disso, comecemos a organização do bordel. Vamos edificar um sistema educacional que permita aos futuros titulados como cidadãos (cidadania não é um direito, é um título ) pela constituição, terem conhecimento da fatia que lhes caberá.

Um indivíduo de nacionalidade brasileira com seu Ph.D. debaixo do braço sabe ler e interpretar a Constituição ? Não. Então, este indivíduo precisa mesmo é de uma Constituição e, uma constituição inteligível, o que prova que o Ensino -- enquanto persistir o erro de não existir uma Carta Magna compreensível ao povo --  não é a solução para nada no Brasil nem em qualquer outro país.



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